quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Oi? O que eu penso...

O que posso dizer a este pobre coitado é que ele ainda não encontrou a mulher certa.

Sim, porque tudo na vida é bom quando há equilíbrio. Não da´pra entender bem o que ele quer, sinceramente, tadinho dele... nunca encontrou uma mulher que gostasse dele de verdade. Nunca o vi, mas se surfa, deve ter aquele corpinho escultural, aquele bronzeado sexy e aquele jeitinho largado bem peculiar dos surfistas e que encanta a tantas mulheres.

Entenda, meu bem, a gente ama esse jeito quase impalpável que vocês gostam de transparecer. Assim como há as que amem jogadores de futebol, camaros amarelos e toda a sorte de outras coisas. O amor não é isso, o amor é outra coisa... 


E, pra sua infelicidade, tristeza e decepção, há inúmeras excessões. Sou casada com um surfista e tenho certeza de que ele não tem do que reclamar. Digo isto porque vou a a todas as praias muito feliz mesmo. Porque só viajo pra onde tem onda. Porque tento aprender o surf e é uma diversão pra ele nos dias que tá marola, porque filmo, fotografo e edito com ele cada momento do surf, porque presto atenção e dou dicas sobre como se posicionar melhor, porque ele pede minha opinião antes de entrar na água, porque sou a fisioterapeuta/acupunturista dele e trato todas as suas lesões, porque faço a preparação física dele e o acompanho em tudo, porque sou feliz simplesmente por estar com ele. E ele... ele nunca me diz NÃO. Ele me faz feliz. Ele também me acompanha. Em tudo.

Portanto, nunca generalize, simplesmente procure alguém que te transborde, e aí você vai ficar muito feliz de  acordar as 10h da manhã de domingo ao lado da mulher da sua vida... e surfar o resto do dia sem ficar triste de perder o "moment".  Sério? Sério... você vai estar pleno.

O maior erro do ser humano é querer se dar bem em tudo. Ora isso, ora aquilo; e não sempre isso, sempre aquilo. 

Open your mind, baby. Be happy. Ela vai chegar.

O que pensam os homens surfistas...

Na véspera de Natal meu marido leu esse texto pra mim. E pasmem, ele ria muito!!! Não acreditei que ele estava me vendo nesse absurdo, mas identifiquei vários pontos que eu realmente tive que mudar pra me adaptar e ser "mulher de surfista" com orgulho.

Do site www.waves.terra.com.br:



Outras Ondas
Namorada de surfista
Por Fred D'Orey em 24/12/12 00:01 GMT-03:00

No começo as namoradas dão a maior força. Depois tornam-se rivais da prancha. Foto: Bruno Lemos / Lemosimages.com.

Mulheres de surfistas pelo menos vão à praia. Já a namorada do alpinista tem que esperar o cara sentada no carro. Foto: Bruno Lemos / Lemosimages.com.
Já vi esse filme. No começo a namorada dá a maior força. Ela tem orgulho de namorar um cara saúde que pega onda. Ela faz questão de incentivar porque sabe que ele volta feliz da vida depois das ondas.

Ela adora praia, o cara surfa - foram feitos um para o outro. Depois, com o passar do tempo, a atitude muda. Ela até gosta que o cara surfe, mas... "tem que ser o tempo todo? Dá pra falar de outra coisa? Não dá pra gente fazer um programa diferente?" É o início do fim.

Ou do namoro do casal, ou do surf do cara. Porque as coisas evoluem de tal forma que, com raríssimas exceções, pranchas e namoradas acabam por se tornar rivais. E basta olhar em volta pra perceber quem está vencendo.

Surf só no final de semana. Só em determinadas praias. Só em determinados horários. Acordos são feitos. "Fim de semana em Saquarema (melhor onda do Brasil!) nem pensar. Em São Conrado (melhor esquerda do Rio!) eu não vou nem morta, aquela praia é um lixo. Domingo tem que voltar antes do almoço com a mamãe."

Uma surf trip por ano com os amigos e olhe lá. E com isso a barriga dele vai crescendo, sua cor ficando cinza, e os olhos vão perdendo o brilho... Tem uma cena no filme 'A Praia', quando o Leonardo Di Caprio vira pra menina, depois de deixá-la fascinada com algumas bobagens que ele falou sobre as estrelas, e diz mais ou menos assim:

"Agora você tá achando tudo lindo, mas as mesmas coisas que te fascinam no começo vão te entediar no final". O cara tava falando de uma verdade quase universal sobre os relacionamentos. Mas podia estar falando especificamente de surf.

Me toquei disso porque outro dia fui pegar onda com a Ana e depois da sexta checada em quatro praias diferentes (fazer o quê? Moro no Brasil, onde o mar quase sempre é uma bomba), ela, levemente impaciente, arriscou: "aqui tá bom. Porque a gente não fica logo aqui?". Tá bom? Como assim tá bom? Você entende de surf desde quando? E tratei de explicar que surf é uma das coisas mais importantes da minha vida.

Que trabalho pra burro. Que tenho pouco tempo. E que tenho que escolher direitinho minha caída. E mais importante, e que isso fique bem claro, se tiver dando onda eu vou correr atrás do melhor surf. Sempre! E se ela quiser vir comigo vai ter que ser paciente. Se não tiver saco pode ficar em Ipanema com as amigas.

Mulheres de surfistas são muito sortudas (levantem as mãos pros céus). Elas vão pra praia. Elas vão pra Prainha. Elas vão pra Guarda. Elas vão pra Bali. O som quase sempre é bom. A comida quase sempre é saudável. Surfistas procuram por praias sem muito vento, sem muita gente. Que tal namorar alpinista e se ver toda amarrada de cabeça pra baixo?

Que tal namorar ciclista e ficar se esbaforindo pedalando atrás do cara? Que tal namorar um tenista e passar o fim de semana no clube? Que tal namorar um windsurfista e perseguir o vento, quanto mais vento melhor, e ficar mofando dentro do carro? Ou um lutador de jiu jitsu e acompanhar de perto seus treinos na academia, enquanto ele fica se pegando com outro orelhudo suado?

Nunca entendi direito o porquê dessa metamorfose feminina. Talvez por uma necessidade ancestral de controlar e reduzir o macho apenas a sua condição de provedor familiar. Talvez por egoísmo. Talvez por falta de bom senso.

Mas nem todo mundo tem vocação pra ovelha. Os australianos, por exemplo, que fazem parte da maior nação surf do planeta, trataram desse assunto com seu peculiar humor escrachado estampando em camisetas os seguintes dizeres - "minha namorada mandou eu escolher entre ela e a prancha. Pena, vou morrer de saudade dela".

Esse texto de Fred D'Orey foi publicado originalmente na Revista Fluir e faz parte do livro Outras Ondas, que reúne suas melhores crônicas.


C-H-O-C-A-N-T-E!!!!!!!!!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Costa Rica - parte IV - Arenal e Rio Fortuna

Dia seguinte tomamos um café reforçado feito pelo Mengel, dono do hotel com o maior carinho e partimos cedo com destino a Arenal. A viagem foi bem mais tranquila, com estradas bem sinalizadas e asfaltadas. Paramos ate´pra comprar artesanatos na ida.

Chegamos ao Hotel Lava Tacotal que é lindo e fica aos pés do vulcão Arenal. Ficamos num quarto de frente pra ele e foi uma das visões mais espetaculares que já tive. Nunca tinha visto um vulcão.

Como havíamos comprado um pacote de passeio, uma van passou e nos resgatou. fizemos uma trilha até o mais próximo que podíamos chegar do vulcão, que ainda está em atividade e cuja última erupção tem apensa 2 anos. Mais medo. Depois do mirante fomos a um clube de águas termais (TITOKU) lindo de viver e ficamos lá de molho nas piscinas de diversas temperaturas e debaixo de uma chuva torrencial. Costa Rica é isso, mistura de sensações todo momento. De lá um jantarzinho e depois cama. Longos dias.

Dia seguinte um dos melhores passeios que fizemos. Rafting no rio Sarapiki. Pegamos o nível 2 e apesar do meu medo nosso bote não virou nenhuma vez e a aventura foi o maximo!!!! Eu amei de paixão!! Os guias ótimos. O nosso foi Jose, que faz parte da seleção costarriquenha de rafting, chiquérrimo!!! Lanchinho com frutas na beira do rio, cervejinha gelada no fim do passeio e almoço com o grupo. Tudo muito bem organizado e delicioso.

Pra encerrar a trip, voltamos pra San Jose no dia seguinte fazendo um pit stop pra um mergulho numa cachoeira alucinante no Rio Fortuna.

A Costa Rica faz bem pros olhos e pra alma.

Eu quero voltar!!!
Cachoeira La Fortuna

Vista do Hotel lavas Tacotal

Termas Titoku

Costa Rica - parte III - Monteverde

Para finalizar a viagem por esse paraíso partimos em direção ao centro do país, mais precisamente à região de Monteverde.

A estrada foi um pouco difícil e por alguns momentos nos perguntamos se o GPS tinha nos colocado em mais uma roubada. Isso porque na noite anterior resolvemos ir conhecer Tamarindo e levamos 1h de ida pelo GPS e 1h de volta pelas placas de trânsito. Programa de índio.


Depois de algumas horas off road chegamos a Monteverde. O Hotel Sunset (mengelrobert@yahoo.com/ 2645-5048) foi a melhor escolha de todas!!! Simples e aconchegante, onde o dono te atende com todo o prazer e alegria que só o proprietário tem. Já no laço, partimos pro passeio das pontes suspensas sobre a floresta. Lindo demais!! São diversas pontes de tamanhos, extensões e alturas variáveis que cortam a floresta permitindo uma visão deslumbrante desse ecossistema. Não precisa de guia.


Rolé dado, seguimos pro Canopy. Uma das maiores tirolezas do mundo e mais lindo! São 13 cabos de aço que fazem o percurso na floresta imensa, úmida e chuvosa. E claro que choveu na nossa hora pra ficar mais emocionante!! Foi o ponto alto do passeio com muita adrenalina, velocidade em alta e um visual alucinante que eu só passei a perceber depois do terceiro cabo!rsrs


Á noite jantamos num restaurante montado na copa de uma árvore gigante. Preço justo, comida deliciosa e um ambiente aconchegante. De lá partimos pro passeio noturno na floresta onde vimos mapaches, aranhas, rãs e toda espécie de bicho que se deixou ver. Não achei essas coisas todas mas valeu.


Infelizmente amanhã tamo partindo. Esse lugar é mágico.

Hotel Sunset

Pontes suspensas

Estrada de Playa Negra a Monteverde

Costa Rica - parte II - Playa Negra

Mapa e GPS na mão, a viagem subindo a costa foi bem agradável.

Playa negra fica próximo a Tamarindo, uma outra praia bem famosa turisticamente, portanto, há mais sinalização. Tenha cuidado coma velocidade, pois há guardinhas por todos os lados com radares doidinhos pra multar quem passa por ali. E as velocidades variam incrivelmente de 80 a 40 km/h.


Paramos em Boca Barranca por indicação de um amigo e valeu o surf. Nada mais é que uma boca de rio roots onde as ondas quebram longe da vista dos banhistas. Se é que se pode chamar assim quem fica no meio das pedras, sem coragem de entrar no mar, ficando no lava-bunda do rio mesmo. Na real, só tinha EU na "praia". na quase ida, tomamos banho doce e uma pilsen e vimos um enorme crocodilo nadando no rio. Aqueeeele mesmo em que eu estava há alguns segundos. MEDO.


Parti em choque ainda, mas ao chegar no destino final tive a feliz surpresa de ficar num chalé de madeira com teto de piaçava lindo de viver!! De frente pro mar, um luxo!!!


Foram mais 2 dias no paraíso, onde até a areia tem vida com seus milhões de eremitas se movendo e o sol se põe divinamente no mar.


O surf? Eu achei fraco. Entendam. Quando eu surfo é porque tá fraco.rsrs


E EU SURFEI A COSTA RICA! =).


chalé

crocodilo em Boca barranca

Playa Negra

Mulher de surfista x mulher surfista

Pois é, como disse no post anterior, tenho tido inúmeras oportunidades de surfar nos últimos meses.

Depois que ganhei minha prancha evolui bastante, já que o funboard flutua mais e permite que você fique em pé até nas menores ondas. 


A graça é que você se diverte de verdade. Há dias em que o mar está grande, estourando forte, dá aquele medinho de entrar e ai... você pode ficar no espumão se divertindo equanto seu gatinho tá lá no fundo radical.


Ser mulher surfista é bem mais divertido do que ser mulher de surfista. Estar na água, participar da diversão, fazer um exercício e entender melhor a fissura do seu gatinho são algumas das inúmeras vantagens de surfar.


No último mês de 2012 tive a oportunidade de ir a Santos/SP que foi eleito por mim o melhor pico pra aprender a surfar de todos os tempos. Ondas pequenas, suaves, deitadas, fundo de areia, água quente. Luxo. Fiquei cerca de 2h/dia na água. =).


Depois fomos a Ilha Grande/RJ. A Praia de Lopes Mendes também estava maravilhosa e apesar de eu não conseguir chegar no outside porque as ondas estavam beeeem grandes, aproveitei a força da espuma pra me divertir também.


Enfim, meninas, o que não falta são opções pra se divertir. Sem pressão, sem vergonha, somente se divertir. Aproveite o melhor do seu surfista, faça ele te ensinar, peça, se informe, tente, ria, vá na fé... e se rolar um roxo, um machucado, um corte, não desanime. Como diz um amigo surfista quase profissional: "Você vai aprender a surfar e não vai deixar de se machucar!"


Aloha!!!